terça-feira, 12 de maio de 2015

Mocidade em serviço ao Senhor - parte I

     

          Sentada recentemente em uma rodinha com meus colegas de faculdade esperando a professora chegar, um dos meus colegas começou a cantar um funk totalmente imoral. Como eu não podia sair dali no momento, eu pedi a ele que parasse de cantar aquela música indecente. Ele me ignorou completamente e continuou a cantar (uma atitude que não me surpreende em um ímpio). O que realmente chamou minha atenção foi um colega meu, que é crente, sorrir da situação e dizer: "se acostume! É o meio em que vivemos, somos jovens! O bom mesmo seria se houvesse uma universidade só para crentes".
          Esse comentário me fez parar para pensar em como a juventude e a igreja estão sendo encaradas atualmente. Vivemos na era do "carpe diem", do antropocentrismo. O homem está cada vez mais entregue à própria vontade e isso é louvado pela sociedade. A juventude é vista como o momento da vida de se entregar às próprias paixões e a igreja o lugar de "compensar" os pecados cometidos na juventude (portanto, alguns defendem, só vão congregar quando forem velhos). O jovem que dedica suas forças ao trabalho do Senhor e anda nos seus caminhos é visto como bobo, como velho. 
          Não são poucos os jovens que pensam assim e estão dentro da igreja. Muitos apesar de serem frequentes nos cultos, não têm uma real vida de comunhão com Deus, se "justificando" através de argumentos baratos que o mundo prega. Bradam de forma tola slogans mentirosos, se conformando com este século. Dizem ser cristãos e até entendem um pouco sobre isso. Leem versículos isolados na Bíblia e parágrafos isolados de livros para "aliviarem a mente".
          É a geração que se conformou com o século presente, fazendo exatamente o oposto às palavras do apóstolo Paulo: E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus Rm 12.2.
          Esses pensamentos estão errados por várias razões. A primeira delas é que somos todos criaturas de Deus e devemos adoração a Ele. TODOS, de todas as idades, países, língua e nação devem louvor a Ele por sua bondade e misericórdia. O fim principal do homem é glorificar a Deus( Rm 11.36; I Co 10.31), e gozá-lo para sempre( Sl 73.24-26; Jo 17.22,24). Portanto, não importa a idade, devemos nos dedicar a Deus. Não devemos deixar de adorá-lo por sermos jovens, devemos usar do nosso vigor e juventude para sermos sal e luz.
          Outro pensamento errado é o de que devemos nos pintar de acordo com a situação. Nosso comportamento deve ser constante. Devemos ser a diferença, o sal e a luz (Mt 5.13,14). Assim como não devemos nos moldar ao mundo, não devemos nos separar totalmente dele. Devemos discordar do mundo, mas não adianta viver como um monge, se separar de tudo! Afinal, o pecado está no coração de cada homem, o que acontece na sociedade de forma generalizada é apenas o reflexo isso.
           A Bíblia tem excelentes exemplos de jovens que usaram sua juventude, sua força e seu tempo para servir a Deus. Daniel, Timóteo, José e Moisés, por exemplo, foram jovens que apesar no tempo mau serviram a Deus e foram jovens íntegros em seu tempo. Minha oração é que Deus nos ajude a sermos sal e luz. Afinal, este mundo velho precisa de nós, jovens, para pregar o evangelho seja em atitudes ou palavras.

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